MATÉRIA NO JORNAL PERISCOPIO DE ITU

A focolarina e jornalista Carla Cotignoli nos enviou uma matéria assinada por ela e que foi publicada no jornal Periscopio de Itu. Boa leitura!

Não palavras, mas fatos. Acessivel a todos. Este é o projeto Unicidade, lançado domingo passado em nossa cidade pelos jovens, adolescentes, familias, profissionais e donas de casa. “O mundo unido é possivel – Comecemos em nossa cidade” Não é só o título de um evento, mas um programa de vida.

Habitar em um condominio, mesmo sendo um lugar muito bonito, pode dar a impressão de estar vivendo em um lugar deserto... onde cada um se fecha entre as proprias 4 paredes... Existe quem – como Thais, sente de “fazer alguma coisa para derrubar essa barreira que se ergue entre uns e outros”. Encontra motivação no artigo sobre “Arte como terapia”, que coincidentemente, encontra numa revista cujo titulo é Cidade Nova. É a motivação para dar vida a um Centro Social e envolver os vizinhos...

Também entre os parentes podem se erguer muros, que às vezes, com o passar do tempo se tornam cada vez mais altos. Assim entendeu  uma familia. São pai, mãe e tres filhos que contam sobre o palco... E – o que disseram? – basta uma festa de aniversário, “salientar as qualidades de um irmão durante a infância, qualidades estas que muito o incentivaram, como por exemplo a dedicação aos estudos”, para mudar o clima, antes tenso “ fazendo que surgissem várias brincadeiras sadias entre primos e tios...”

Em muitas casas, dvd, Computador, TV, se encontram nos quartos dos filhos e dos pais. Tudo parece progetado, também como arquitetura da casa, para que cada um se isole no seu proprio espaço. Ao invés,  existe quem – como contou uma arquiteta , Analice – que antes de qualquer desenho – procura “entrar” na vida daquela familia, para encorajar  o dialogo entre os pais e os filhos e tornar mais acolhedor e de convivio comum os ambientes como a sala de TV e a sala de jantar. É o seu contributo na construção da paisagem urbana, contruindo pedaço por pedaço”.

Quantas vezes nas ruas, passamos diante de meninos que mostram os sinais evidentes da pobreza, ou somos roubados por assaltantes... A reação é, não poucas vezes, de indiferença e de defesa. Mas tem quem – como Carlos – diante a estes meninos que encontra cada dia, quando vai à missa – começa a cumprimentá-lo, depois dá-lhe um presente... Das lágrimas do menino emocionado que nunca havia recebido um presente na vida, nasce um dialogo, uma ajuda... e talvez uma vocação. Carlos, retornando àquela cidade, àquela igreja, depois de anos, o encontra entre os jovens que estão recebendo o hábito franciscano... também aquele assalto repetido pode transformar-se em diálogo:  “Eu dei a minha vida a Deus, pela humanidade que sofre. E esta humanidade é também você...”. É o inicio da transformação... 

E tijolo por tijolo se controi Unicidade... A materia prima? Uma arte. A mais dificil e simples ao mesmo tempo: a arte de amar. Apresenta-a Chiara Lubich em um video – uma mulher que com esta arte envolveu milhões de pessoas nos 5 continentes, empenhados alí onde cada um vive, a construir um mundo unido na fraternidade. Poucas palavras que revolucionam: amar a todos, sem nenhuma discriminação; amar o inimigo; amar por primeiro, com total desinteresse sem esperar nada em troca; ver Jesus no irmão, será o exame final: “Tudo o que fizestes ao menor dos meus foi a Mim que o fizestes” dirá Jesus. E ainda “Fazer-se um com o outro, sentir o que o outro sente: sofrer e alegrar-se com ele. Amar-se reciprocamente. E o mundo ao nosso redor pode-se transformar. 

É deste amor que cada um de nós tem sede. Um amor que tem raiz no Evangelho, em Deus. Isto dizem dois jovens, Lucas, de São Paulo e Clara, da Colombia, com suas histórias. 

Nem tudo acaba aqui, mas pode haver um novo inicio. O amor, por sua natureza, é difusivo..